escola do legislativo

por alaor — publicado 07/07/2020 12h26, última modificação 07/07/2020 12h31

Recentemente estive envolvido em cursos gratuitos de pós graduação oferecidos pela Escola do Parlamento, da Câmara de vereadores do município de São Paulo, cursos nos quais conheci efetivamente a estrutura e o funcionamento de nosso Estado Democrático de Direito. Tais escolas são um ponto realmente fora da curva na oferta de cursos, sobretudo de pós-graduação, abertos e gratuitos, e esta abertura ao público está sendo crucial para a construção da legitimidade do poder público perante a opinião pública. Muito precisa ser feito ainda, contudo, uma vez que estas escolas não tem autonomia administrativa e nem financeira, não tendo unidade orçamentária própria. A oferta de vagas também fica muito aquém da demanda (os últimos processos seletivos para o preenchimento de 30 vagas contaram com 300 e 500 inscritos). A despeito das dificuldades estas instituições tem mantido um ritmo elevado de oferta de cursos de especialização (os de maior demanda) e tem contribuído para a elevação da consciência cívica em nossa sociedade. Dado que o legislativo é bastante onerosos para o esforço conjunto da sociedade, urge abrir-se a ela e oferecê-la a oportunidade de compreender o funcionamento do Estado, da Administração Pública e, assim, integrá-la ao seu próprio município, em um sentimento de responsabilidade compartilhado que fomente o controle social e a participação na consecução de nossos objetivos comuns, de aperfeiçoamento de nossa sociedade. Para fazê-lo esta casa deve instituir e fazer de sua escola do legislativo o mesmo que foi feito na escola citada aqui, da cidade de São Paulo, abrindo-se ao público e oferecendo em massa cursos de especialização à sociedade, incrementando a formação superior que tanto deixa a desejar em nosso país naquelas instituições privadas que geralmente são a única opção formativa acessível ao nosso povo. Mas deve-se organizar a estrutura das escolas de forma que elas se tornem autônomas administrativa e financeiramente, e possam manter a oferta de cursos gratuitos permanentemente, aperfeiçoando-se cada vez mais para atender parcelas cada vez maiores da alta demanda. As tecnologias da comunicação permitem ampliar a possibilidade de oferta: a escola poderá buscar cooperação técnica de professores voluntários do ensino superior, para montar e ministrar os cursos, em caráter complementar aos servidores que estarão encarregados da escola. Em São Paulo esta cooperação federativa no ensino superior tem surtido bons efeitos, sendo vários dos professores que ministram nas já citadas escolas de cidadania, voluntários. Uma plataforma de organização do trabalho voluntário poderá ser criada, a custo nenhum. A decisão, sendo política, depende da vontade política. Construir a legitimidade deste espaço e aproximar a sociedade do Estado, contudo, não deveria ser uma questão de política, mas de vontade patriótica e de respeito à Constituição de nossa República. Conclamo-lhes a assumir esta responsabilidade histórica e liderar a mudança à frente das demais casas legislativas desse nobre país.

: 29/06/2020 17h57
: Sugestão
: Ouvidoria
: 20200629165702
: Resolvida

Respostas

1

: alaor
: 07/07/2020 11h30
: Aceito

Prezado Senhor João Prates,

Grato por sua sugestão!

Temos em nossa Lei, a estrutura organizacional, mas por motivo de espaço físico, ainda não implantamos. Estamos trabalhando para que esta situação se resolva o mais rápido possível.

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