Audiência pública debate extinção da Secretaria de Cultura

por milene — publicado 05/04/2019 17h26, última modificação 05/04/2019 17h26
Representantes do Governo de Roraima, Cultura, vereadores e representes movimentos folclóricos e de vários segmentos ligados à cultura, participaram de audiência pública na Câmara Municipal nesta quinta-feira 04-04.
Audiência pública debate extinção da Secretaria de Cultura

Foto: Danielle Silva/Secom CMBV

Representantes do Governo de Roraima, Cultura, vereadores e representes movimentos folclóricos e de vários segmentos ligados à cultura, participaram de audiência pública na Câmara Municipal nesta quinta-feira 04-04.
A audiência, iniciativa do vereador Vavá do Thianguá, promoveu debate entre população e autoridades, sobre a notícia de que o governador Antonio Denarium vai extinguir a Secretaria de Cultura. Vavá, tão logo soube dessa notícia, endereçou ao governador uma carta aberta fazendo apelo pra que adote tal medida.
“ Eu e diversos seguidores dos movimentos culturais jamais imaginamos que um dia estaríamos mobilizando para impedir que a cultura se tornasse secundária para o Executivo Estadual. Entendemos a grave crise, entretanto, não será extinguindo a Secretaria que resolverá os problemas. Acreditamos que o Governo deveria ter visão macro, se lembrar que a partir dessa pasta, outras políticas públicas poderão ser implementadas para recuperar o Estado dessa lama no qual foi afundado”.
Comungam do mesmo pensamento de Vavá os representantes dos movimentos culturais que se pronunciaram e reforçam o pedido para que a cultura seja tratada com o valor e respeito merecidos.
A secretária de Estado de Educação, que responde pela Secretaria de Cultura, Leila Soares, foi categórica ao afirmar que não se pensou em extirpar, acabar com a política da cultura e desenvolvimento no Estado, mas sim, o que se propõe é uma reformulação estrutural da Secretaria, pela necessidade de reinventar o estado e as formas de fazer políticas, aplicando recursos com ética, sendo probo e transparente.
Ressaltou que o Governo não comporta a estrutura predial herdada de gestões passadas. Revelou uma dívida de R$ 5 milhões na cultura, mais R$ 600 milhões na Educação e o estado R$ 7 bilhões.
“O Estado precisa de reorganização da sua máquina pública. Secretaria de Cultura tinha 87 cargos comissionados e nenhum servidor efetivo. Precisamos sair do caos que estamos. Nossa capacidade de gestão tem que ser compartilhada. Não é fácil tomar decisões como as da atual gestão, mas é a única alternativa que permite um planejamento exequível. Precisamos sim intensificar os movimentos sociais. A política da cultura é mais forte do que a estrutura de uma Secretaria de Cultura que serviu apenas para manter cargos comissionados ” acrescenta.
A secretária de Ação Social (Setrabes), Tania Soares tranquilizou a todos que na reestruturação a cultura vai sim continuar recebendo total apoio e prioridade nas políticas de desenvolvimento cultural do Estado, com uma gestão eficaz que produza resultados e fortalecimento, desenvolvimento e transformação social.